Um aquário de recife bem-sucedido, para além de proporcionar uma enorme satisfação ao seu criador, empresta rara beleza, vida e ambiente Zen ao ambiente em que se insere.
Tal como tudo na vida, não há bela sem senão. Os trabalhos de manutenção, os ruídos, a água pelo chão, as visitas de amigos fora de horas, etc., e a limitação do espaço para uma eventual ampliação do sistema, são alguns dos contras do hobby quando o mesmo é vivido na nossa residência.
Machado de Sousa
começou por dar os primeiros passos na aquariofilia de recife no ano de
1990. Nos 16 anos subsequentes manteve aquários de água salgada num
canto da sala de estar da sua residência, albergando peixes e
invertebrados.
No decurso do ano de 2006 decidiu desmantelar todos os aquários de sua casa e procurou um local onde pudesse dar largas à sua dedicação e paixão. Acabou por alugar uma garagem a 25 Km de sua residência, em Belas, concelho de Sintra, local para onde transferiu parte dos equipamentos e a totalidade dos animais. Montou tanques e um sistema básico de filtragem nas instalações que baptizou de Maternidade do Coral. A Maternidade do Coral passou a ser “o seu aquário”.
A MATERNIDADE DO CORAL TORNA-SE UM PROJETO PILOTO
Até à data, Machado de Sousa tem dedicado uma parte significativa do seu tempo, e recursos próprios, a desenvolver a Maternidade do Coral. Sem patrocínios, apoios públicos ou privados, individuais ou coletivos, tem vindo a produzir nas suas instalações gerações e gerações de corais. De assinalar que os corais aí “nascidos” provêm de pequenos fragmentos ou de simples pólipos coletados das colónias-mãe trazidas de sua casa, ou de frags adquiridos no estrangeiro. Existem hoje milhares de frags de SPS, superlotando os 8,000 litros de aquários de água salgada que foi possível instalar no local.
EXCESSO DE CORAIS NA MATERNIDADE DO CORAL
Os
corais da Maternidade do Coral continuam a crescer e a amontoar-se nos tanques, como se pode ver aqui, e as instalações já não dispõem de mais espaço para a montagem de novos tanques, de forma a permitir afastar os corais uns dos outros e assim garantir um espaço mínimo entre eles. Neste momento, a falta de espaço livre em torno dos corais começa a ser motivo de preocupação, uma vez que:
Os diversos peixes são impedidos de aceder ao espaço circundante dos corais para desenvolverem o seu trabalho de limpeza, impedindo assim a proliferação de algas e de outras pragas;
É favorecida a criação de zonas mortas propiciando a acumulação de sedimentos e resíduos orgânicos entre os corais e o consequente desenvolvimento de dinoflagelados e cianobatérias;
Torna-se bastante limitado o fluxo de água em redor dos corais, impedindo-os de obterem os nutrientes de que necessitam para sobreviver e dificultando a libertação dos seus resíduos metabólicos;
Começam a ser elevados os danos provocados nos corais devido ao contacto entre si.
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MATERNIDADE DO CORAL COLOCA ALGUNS CORAIS NO MERCADO
Devido ao excesso de corais e à falta de espaço nos tanques existentes nas suas instalações, a Maternidade do Coral irá colocar alguns corais excedentes (entenda-se, excelentes!) no mercado. Esta opção, para além de permitir resolver o problema da falta de espaço livre entre os animais, apresenta as seguintes vantagens:
Contribuirá para a preservação
dos recifes de coral. O número de aquariofilistas aumenta em todo o
mundo, de ano para ano, e a pressão sobre os recifes de coral tende a
aumentar a cada ano que passa. Se instalações como a Maternidade do
Coral produzirem corais e não tiverem uma atitude proativa, em qualquer altura, como seja a colocação de corais no mercado, em nada contribuirão para a
preservação dos corais selvagens e respetivos recifes de coral.
Ajudará nas despesas de
manutenção da própria Maternidade do Coral. Quem tem um aquário de
recife em sua casa, poderá fazer um exercício de extrapolação de custos, e ter uma ideia das despesas de manutenção da Maternidade do Coral, que conta com 8,000 litros brutos de tanques albergando corais SPS;